A COVID-19 foi declarada como uma pandemia em março de 2020 pela
OMS (Organização Mundial da Saúde) e até abril de 2022 infectou
aproximadamente 490,7 milhões de pessoas, com pelo menos 6,17 milhões de
mortes. A pandemia desafiou a segurança alimentar, agricultura e cadeias de
alimentos frescos. Pesquisas sobre a análise de cadeias de suprimentos
agroalimentares durante a COVID-19 indicam um maior impacto em pequenos
fornecedores destas cadeias, principalmente as cadeias mais curtas, que são
aquelas que possuem poucos elos. Neste contexto, esse trabalho analisa os
efeitos da COVID-19 em cadeias de alimentos frescos. É desenvolvido, assim, um
estudo de caso em uma organização de produtores do Rio de Janeiro. Esse
estudo cobre uma revisão de escopo que identifica na literatura os principais
impactos e polÃticas da pandemia nessa cadeia. Em seguida, os resultados são
avaliados através de uma pesquisa de levantamento (survey) na organização para
avaliar se as variáveis encontradas na literatura possuem aderência com as
variáveis identificadas pelos respondentes da survey, que são pequenos
produtores no estado do Rio de Janeiro. Por fim, o problema é modelado por meio
de uma simulação por dinâmica de sistemas. Os resultados mostraram que a
cadeia de suprimentos da organização é sensÃvel a variáveis de impacto como
aumento do custo de produção e não entrega de produtos, pois ao aumentar o
custo de produção e a não entregar produtos, a taxa de vendas é impactada
negativamente. A polÃtica de investimento em logÃstica mostra que a taxa de
vendas é impactada positivamente quando se aumenta o investimento.
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